De ontem para hoje eu recebi e-mails e recados de amigos queridos me avisando sobre o motivo de eu ter gostado tanto da música Eu não quero crescer.
Supostamente, eu gostei tanto da música por que ela se trata de uma versão de I don´t wanna grow up dos Ramones
Eu conheço muito bem a música original desde o seu lançamento em 1995 (época em que a MTVbombava na minha TV e ainda passava clipes).
O que eu tentei dizer sutilmente (acho que fui sutil até demais... rs) na minha última DICA DE VÍDEO, é que o trabalho deThunderbird e Pitty se encaixou perfeitamente com momento que estou vivendo.
Em 1995 eu queria crescer!
Queria fazer 18 anos logo, tirar minha carteira de motorista, entrar na faculdade e me mudar da casa dos meus pais.
Como eu era besta... hahaha!
Era feliz e não sabia.
Hoje eu tenho uma vida completamente diferente e sinceramente queria tirar umas férias das implicações e responsabilidades de vida de adulto.
Os três acordes martelados com fúria pelos Ramones combinam tanto com o Arian de 1995 quanto o a música livre leve e solta de Thunderbird e Pitty combina com o Arian de 2011.
A festa divertida do clipe de 2011 combina muito mais comigo do que a ótima animação de 1995.
É tudo uma questão de momento na vida.
Mas como eu estou longe de renegar o meu "eu do passado" e o amor pelo bom e velho Rock que partilho com meus amigos.... com vocês... OS RAMONES!
Hoje o seu blogueiro favorito e o colaborador Ricardo Quintana estão fazendo um "Fogo Cruzado" com posts sobre animação e a Cidade Maravilhosa.
Enquanto o "Já estava assim quando eu cheguei!" vai publicar o texto do Sr. Quintana, o Blog da Pandora vai publicar um post meu.
Leia este post e corra para o Blog da Pandora para conferir o meu texto.
Com a palavra... Ricardo Quintana.
Estamos vivendo uma época histórica. A animação Rio que estreou nos cinemas brasileiros, antes mesmo que nos gringos, é um sucesso.
Daqui a 50 anos, vão comentar sobre a animação, como foi feita, sobre as belezas naturais da Cidade Maravilhosa, como era o Brasil no ano 2011, etc...
Mas, e a 50 anos atrás? Alias, mais de 50 anos.
No final dos anos 40, começo dos 50, o mundo acabava de sair de uma guerra mundial e a sombra do comunismo assombrava os Estados Unidos, que tinha como presidente Harry Truman e um certo Senador Joseph MacCarthy, que comandava uma verdadeira “caçada as Bruxas” um movimento vergonhoso de delação e perseguição à colaboradores do comunismo.
Era uma época histérica. O medo do comunismo era tanto que o governo americano pediu a Walt Disney, que fizesse filmes sobre o Brasil, para tentar uma aproximação maior e assim, impedir que o Brasil se tornasse comunista.
Quem ganhou com isso? Nós, é claro!
Aquarela do Brasil, ou Watercolor of Brazil, como eles dizem por lá é simplesmente FANTÁSTICA. Inteirinha feita a mão, sem nenhum dos recursos gráficos existentes nos dias de hoje, sem 3D, sem renderização, sem efeitos especiais.
Em Aquarela do Brasil somos apresentados ao Sr. José Carioca, um nobre e serio senhor de gravata borboleta, camisa de colarinho alto, paletó e guarda-chuva, que leva seu ídolo, o Pato Donald, para um tour pelo Rio de Janeiro, com direito a samba, cachaça e charuto (como era boa a época em que o politicamente correto não era obrigatório).
Neste filme já é possível ver o calor do povo brasileiro, quando o Pato Donald quer “apertar” a mão do Zé Carioca e ganha um superabraço, coisa que os gringos devem estranhar (e amar) desde aquela época.
Este é um espaço em que pretendo dividir meus pensamentos sobre cinema e relacioná-los as minhas outras paixões: HQs, Publicidade, Vídeo Games e o combustível dos pensadores... CAFÉ!
Aqui também será a nova casa para as DICAS DE VÍDEO DO ARIAN, que deixam o Orkut com o convite para conhecer este espaço.
Sobre o nome deste Blog... eu aprendi esta sábia frase com o poeta contemporâneo Homer J. Simpson e acredito que além de ser um lema de vida, cabe perfeitamente para quem pretende comentar o trabalho de outros autores. Rs!